quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Meus 20


Ontem quando vinha da faculdade e olhava pela janela do ônibus, percebia que a vida estava passando assim, tão rápido quanto a velocidade que o mesmo seguia, comecei a pensar em tantas coisas, comecei a pensar em coisas que não fazia sentido pra ninguém mais que pra mim eram tão importantes, comecei a pensar em pessoas, em gestos, em olhares. E aos poucos tudo ia me levando a um fim. //
Entendi que não adianta ter medo de morrer - e essa reflexão tem vindo todos os dias antes de dormir - a gente precisa ter medo de como vai morrer, dos processos de dor que vai passar até lá, porque fechar os olhos para a eternidade é apenas uma recompensa por tudo que passamos antes disso.
Aprendi na prática e da pior maneira possível que quando sentimos algo temos que falar, na hora, não podemos permitir que o momento passe. Daqui dez minutos tudo aquilo que você deveria ter falado pode não mais fazer sentido e você pode ter perdido uma chance de mudar seu percurso ou de conhecer mais uma aba do imenso leque da felicidade. 
O que marca os grandes momentos é justamente o que estamos vivendo no momento, o que estamos fazendo, por isso tenho procurado mais estar com as pessoas do que pensar nelas. De nada adianta ficar dias inteiros com o pensamento em alguém se na hora do cara a cara deixarmos atitudes frias tomar conta: se estiver com alguém que seja de corpo e alma, que seja quente, sem pensar no que vem depois, porque pode ser que o depois nem chegue.
Isso vale, inclusive para as amizades.
Também parei de passar por cima de mim para satisfazer as vontades alheias. Tudo bem, algumas vezes até vale a pena dar o braço a torcer, mas é importante que isso também te satisfaça caso contrário, nada feito. 
Entendi que não importa o quanto alguém esteja em você, você provavelmente não estará nesse alguém na mesma proporção e ter isso em mente evita problemas e sofrimentos futuros. A cor vermelha também pode ter tons rosas ou alaranjados - tudo depende de quem e como se olha pra ela.Ter lembranças é bom, sentir saudade também.
Não importa o que você vai fazer com o seus amigos, o que importa é o quanto vocês vão se divertir e lembrar desses momentos. Não importa quantos romances você tenha, mas sim a intensidade de cada um. Os sorrisos e momentos  importam também, e pra mim isso significa mais ainda (sabe quando marcas ) Entendo que isso seja a minha forma de expressar a intensidade dos fatos.

Talvez a única coisa que essa idade ainda não me tenha trazido é a sabedoria de cultivar a paciência -  que se assemelha mais a um dom que um aprendizado

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Por que Gostamos ?

Hoje eu estava lendo a coluna de Ivan Martins,

( http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI259919-15230,00-ALGUEM+ESPECIAL.html )


onde ele discorria sobre a sorte de encontrar a "pessoa especial". Dentre idas e vindas, altos e baixos a verdade é que ninguém está imune quando o assunto tem a ver com o coração. Desde o nosso nascimento até o último suspiro, dentre conquistas financeiras, pessoais, profissionais, no fundo é isso - e somente isso - que esperamos: alguém que dê mais sentido às nossas vidas. E isso não é fácil.


Para encontrar alguém que hoje esteja disposto a dividir a vida com você é preciso muito mais que vontade, é preciso coragem, dedicação, por que no começo tudo são rosas é depois, no dia-a-dia que vamos percebendo quem realmente é aquela pessoa com a qual estamos disponibilizando não apenas nosso tempo, mas também nossas crenças, valores, sentimentos e, principalmente, nossos defeitos. É preciso muito mais que vontade de ter alguém para dividirmos nossos defeitos e talvez seja esse o motivo pelo qual o tal "alguém especial" seja tão difícil de ser encontrado: não é todo mundo que está disposto a colocar por terra tudo que há de pior em si, assim como não é todo mundo que aceita dividir sua vida com tantos defeitos alheios (o ser humano tem a péssima mania de achar que os defeitos do outro são demasiadamente visíveis). A verdade é que muita gente ainda espera que sua história seja contada por Walt Disney. Quem nos dera! Amar não é historinha. E como diria o rei Roberto quem nunca teve em alguém o melhor de seus planos e o pior dos enganos?


A verdade é que depois da queda passamos meses, anos em recuperação intensa e chegamos a achar que nunca mais vamos conseguir levantar, até que num dia qualquer, depois de muitas tentativas nulas, você conhece alguém que pode ser sua entrada para o céu ou para um novo inferno - tudo depende da maneira como ambos conduzirão essa história. Insegurança, medo do abandono e do sofrimento sempre existirão, afinal, como dizia minha avó "gato escaldado tem medo de água fria", mas se não tentarmos como saberemos se valerá a pena? Equilíbrio mútuo é a resposta.


O que estou tentando dizer é que todo mundo tem suas fases, todo mundo tem seus momentos em que a solidão precisa ser cultivada, todo mundo cresce, alguns se reproduzem e no fim todo mundo senta no banco da morte para esperar pela mão dessa última e eterna companheira, mas a verdade é que não importa quais foram suas conquistas ao longo da vida, no fim de tudo você vai querer mesmo é olhar pra trás e saber que valeu a pena, vai querer ter alguém com quem passou bons e maus bocados, com quem aprendeu no amor e nas brigas o valor do respeito, para segurar a mão na hora do adeus. Dramático isso? Talvez, mas pelas pessoas que já vi passarem pela vida afirmo: isso é real.


E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor?
Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Princesas

Toda menina, quando pequena, coloca uma fronha na cabeça e imagina que está casando, sim, nós costumamos fantasiar esse dia desde os cinco anos de idade, assim como também imaginamos que somos princesas e idealizamos um príncipe encantado. Ele pode ser loiro, moreno, alto, baixo, pode vir no cavalo branco ou de balão, mas ele sempre vem. Sempre pra nós.

Desde pequena, quando imaginava qualquer uma dessas histórias que incluíam vestidos bufantes, lá estava ele: meu querido e nobre rapaz disposto a me dar seu amor. Ele sempre tinha o mesmo rosto, o mesmo sorriso, o mesmo jeito de cuidar de mim. Imaginem então o susto que tomei quando num mês de janeiro desses da vida me deparei com ele? Eu estava ali, estática, minhas pernas tremiam, minha saliva secou, eu não ouvia e não sentia mais nada ao meu redor. O único sentido que funcionava com certeza era a visão, que por sinal, via somente ele, ali, bem na minha frente. Estranhamente ele não me reconheceu, não sabia meu nome e pela primeira vez eu soube o seu, que até então era apenas "Príncipe Encantado".
Desse dia pra cá muitas águas rolaram, muita coisa mudou e eu posso te garantir uma coisa: com o meu príncipe só houve decepções. Aliás, de encantado ele não tinha nada. Vai ver nem era ele, era algum usurpador que veio só pra me tirar o juízo (o pouco que me restava), que veio me mostrar que essa categoria de homens não existe. Veio me provar por A+B que contos de fada nunca tiveram finais felizes. Ele me ensinou a não mais entregar meus sentimentos a ninguém, levou toda a minha emoção na sua mala, junto com as bugigangas.
Então, como num passe de mágica, na minha frente, o espelho me mostrou que Cinderela não encontrou seu outro sapatinho de cristal, vendeu o que tinha e foi fazer intercâmbio; Rapunzel vagou pelo deserto e chegou em Miami, hoje é dançarina numa dessas casas noturnas, Bela Adormecida fez as malas enquanto seu marido dormia (que ironia!) e foi ser feliz em algum país bem longe dele e Branca de Neve largou os anões, veio pro Brasil, pegou uma cor e tornou-se inspiração de Alceu Valença ao mudar seu nome para "Morena Tropicana".
Viu? Finais felizes devem mesmo ser difíceis de serem encontrados, mas eu, assim como elas ainda estou tentando sobreviver. Sobreviver num país tão grande, tão quente e tão cheio de gente carente. Tô tentando sobreviver dando um pouco de carinho aqui, recebendo um pouco ali, até que a imagem desse príncipe não encantado que tenho aqui em mim desde os cinco anos de idade se apague de vez. Até lá, não quero nada além disso: momentos tão finitos quanto sonhos bons. Não quero mais ter que sofrer, que me entregar, que chorar. Pode parecer medo ou fraqueza, pois que seja, melhor prevenir que remediar, não acham?
Qualquer dia desses vou fazer um encontro com essas princesas pra saber como anda suas vidas e suas emoções, e aí volto aqui pra falar pra vocês. Por enquanto eu sei que quero ser feliz com ou sem alguém, serei feliz e completa sempre, minha essência ninguém pode levar. Essa sou eu: mais uma princesa realista, mas com muito carinho ainda pra dar.


Ninguém sabe o que se passa realmente no coração de uma mulher.

sábado, 3 de setembro de 2011

Do fundo do meu Coração

Eu sei que as pessoas têm motivos para entrar na vida das outras e que esse motivo pode ser definitivo ou não. Hoje, acho que sei os motivos pelos quais atravessamos as vidas um do outro...

Mas de tudo que ficou, vou tentar não lembrar mais, e vou tentar levar comigo apenas as coisas boas de tudo isso - sim, porque houve coisas muito boas, pelo menos para mim, não sei de você porque nunca se pronunciou. Sempre que olhar para trás vou tentar pensar num cara de que uma forma ou de outra me ajudou e que até gostou de mim por alguns instantes, vou tentar lembrar das conversas boas, dos momentos agradáveis, dos abraços, das risadas, dos telefonemas noturnos e dos segredos que trocamos um com o outro, nada mais. Vou tentar me esquecer da dor do final e de todo resto que ainda faz sangrar.
Sempre terei você em meus pensamentos e orações. Sempre pensarei em você e desejarei que um dia a gente possa se encontrar em um outro contexto. Pior que perder as pessoas para a morte é perdê-las ainda em vida, saber que estão por aí e que não podemos estar por perto, não podemos olhar por elas, nem mesmo falar com elas... mas se essa for a melhor opção: que assim seja! Cada um com a sua dor.
Sei que o mês de agosto não foi fácil pra você e te desejo força, paz e luz. Sorte também na vida profissional, mas, principalmente, sorte no amor.
Acho que ficamos por aqui... com dor ou não, com lágrimas ou não, só quero o melhor pra você, sempre, sempre, sempre. Sinto pelas coisas terem esse fim - por que não dizer - trágico e dolorido, acho que por quê soa muito dramático.
Se cuida por nós dois, por que eu ainda não sei se consigo.
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