quarta-feira, 25 de maio de 2011

Outros Olhos

(pras duas)
Sei lá, um dia a gente acorda e vê a banda tocando em outro ritmo. Olha lá fora e vê as cores todas com outras tonalidades, mais vivas talvez. Tudo passa a ter cheiro de bolo de cenoura recém saído do forno, inclusive, até os sabores são novos, mais intensos. O tato é mais aquecido, chega a ferver o sangue de vez em quando. 
Quando criança caíamos, ralávamos o joelho e a dor e pavor de ver o sangue nos fazia chorar, mas a mamãe sempre dizia: "isso vai passar". Foi assim. Passou. Como ventania que leva alguns papéis, bagunça um pouco, mas nada impossível de ser organizado novamente. Não é!?.
Acordamos e percebemos que a vida é muito mais.
Outro tempo começou. Uma vida inteira de momentos intensos e felizes. Lembranças? São sempre necessárias, é o que podemos ter de mais precioso, mas lembranças são apenas lembranças, nada mais além disso, o que importa é o que temos agora, o que nos dá prazer e nos faz sorrir. É ou não é?
Que venham as coisas boas com todas as suas cores e sabores.

domingo, 22 de maio de 2011

O Jogo


Foram lançadas as apostas, as cartas estão todas na mesa e agora é só esperar a roleta parar.
Pra que lado? Pra qual número?
Nesse jogo haverá apenas um perdedor e não há dúvidas quanto a isso. Claro que será aquele que sempre aposta todas as fichas, mas nunca aprende nada, nunca!
Por que se arriscar tanto se as respostas finais são sempre as mesmas?
Talvez o gosto pelo perigo aflore o instinto do jogador, talvez ele realmente tenha esperanças de um dia ganhar e seu prêmio que  seria dividir a vida com alguém. Alguém doce, gentil, terno...
Será que esse alguém entregará suas fichas para o jogador?
O JOGADOR  parece ter medo de arriscar nesse jogo chamado amor, que nada mais é que um jogo de perdas. Mas por que temer sem antes arriscar?
O jogador não consegue pensar em mais nada além daquele beijo: um momento único, doce, como ele nunca sentira antes. Esses beijos serão dele novamente? Quentes, úmidos e apaixonados...
O jogador sentiu vontade de chorar no cassino vazio, pois no fundo sabe que vai perder essa rodada. Sabe que vai continuar sozinho e triste e que tudo que ele pode fazer é acreditar nas belas mentiras que o jogo proporciona.
"This silly game of love: you play, you win only to loose..."

sábado, 21 de maio de 2011


Eu não sei por onde começar e também não sei quando as coisas começaram a tomar esse rumo. Acontece que aqui estou eu, parada, imersa em meus pensamentos e com medo de assumir para mim mesma a verdade dos fatos. Sim, eu tenho muito medo. Medo da solidão, medo de ficar muito tempo nesse meu mundinho.
Passaram-se alguns dias que poderiam ter servido pra eu colocar meus pensamentos em dia e decidir o que deve ser feito, mas o que é correto não é o que eu quero fazer... e eu preciso fazer.
Eu estou aqui, com muito medo de falar o que sinto, de falar a verdade, talvez se eu soubesse que você me ouviria e que nada depois iria mudar quem sabe eu tomasse uma dose de coragem para me abrir de vez.
Ensaiei por dias na frente do espelho cada palavra, cada vírgula e pontuação pra que nada desse errado, mas sei que na hora que eu te encontrar todo esse ensaio vai por água abaixo e as palavras - coitadas - perderão seu sentido e sua força.
Você sabe que sempre estarei aqui, mas nas horas em que mais preciso, você não pode estar para mim e isso me dói, me dói demais saber dos empecilho que nos afastam. Sabe, muitas vezes eu tenho raiva de mim mesma por deixar que as coisas acontecessem dessa forma, eu não deveria ter deixado, mas agora é tarde, é tarde por que agora eu já sente... sempre que eu tento fugir eu volto para o ponto inicial, tornando esse círculo ainda mais vicioso.
Se pelo menos eu tivesse o privilégio da chance, te mostraria um outro caminho para as coisas e você veria que elas podem ser melhor..
Já procurei no dicionário e na internet pra ver se encontrava o nome desse seja-lá-que-for- que-ando-sentindo, mas não encontrei.
Ah, se você pudesse entender um pouquinho que seja disso tudo pra me explicar... Não diga nada, apenas absorva cada palavra como um pedacinho de mim.

sábado, 7 de maio de 2011

O poder da palavra

Há algo sobre mim que nunca falei a ninguém, mas acredito ser algo relevante para dizer.
Posso não ter tantas qualidades quanto gostariam, e posso ter defeitos tão gritantes que me tornam muito inferior ao que eu gostaria de ser, posso não ser tão controlada emocionalmente quanto gostaria (ou gostariam que eu fosse), ou passional demais, mas há em todo esse conjunto de carne, osso e sentimentos um ponto positivo. Trata-se de uma verdade que talvez possa traduzir todo meu ser, quer queiram, quer não. É algo que, perdoem-me a falta de modéstia, não tenho encontrado em muitas pessoas por aí. É simples, é leve, é singelo, mas não se encontra em qualquer indivíduo.
Assim como meia dúzia de gatos pingados eu superestimo o valor da palavra, acredito que ela tem o dom de mudar a vida das pessoas: elas podem trazer felicidade e tristeza, podem fazer chorar, rir, chorar de rir ou rir pra não chorar, podem tranquilizar a alma do ser ou atormentá-la ainda mais, podem cessar um momento para sempre ou fazer com que ele nunca mais acabe, podem tornar a mentira menos dolorosa ou a verdade doentia, podem juntar-se para produzir um poema de amor e de ódio, podem acabar com tudo e recomeçar logo em seguida, estão nas canções, nos livros de todas as categorias, esclarecem dúvidas, estão nas bocas das crianças, dos adultos, no coração de quem ama, de quem não quer amar e de quem não ama mais.
Tão apreciadas assim elas são por mim, por isso, nunca ouso dizer o que não sinto, o que não é verdadeiro, o que não é real. Algumas vezes tento me controlar para não colocar pra fora o que realmente estou sentindo, mas nunca falo o que NÃO sinto, seria mentir, seria usar em vão o melhor escudo que já tive, seria blasfemar contra mim mesmo e contra tudo que acredito, seria iludir momentaneamente alguém que não merece. Por isso muitas vezes escuto, guardo e sinto.
Certa vez, há muito tempo, me disseram “eu te amo”, mas hoje eu sei que não teve nessa frase nem uma vogal verdadeira, na época eu não respondi, hesitei, falei mais tarde, mas hoje me arrependo de ter falado. “Eu te amo” é muito forte, pode mudar a vida de alguém, é preciso ter certeza e convicção do que está falando por que apesar de toda sua força, “Eu te amo” não diz tudo. Você pode ler isso e pensar que pais e filhos podem falar que se amam, amigos também e eu aceito essa justificativa, mas não deixo de repetir que apesar de soar verdadeiro nesses casos, “eu te amo” continua não dizendo tudo. Não diz por que é preciso muito mais que essa bela frase para atestar por alguém tudo que você sente, e mesmo assim ela tem sua força, ela impacta, ela muda a vida de quem ouve. Cuidado, muito cuidado com qualquer palavra ou frase que for usada de maneira irreal, pode fazer doer, pode fazer sangrar em lugares que nunca nem soubemos que podíamos ter.
Por isso, em muitas situações, falta-me forças para acreditar na veracidade de algumas palavras, posso dizer que tenho medo de acreditar, pois nem todos têm por elas o mesmo respeito que eu, que jamais esqueço o que foi pronunciado.
Apenas gostaria que as pessoas passassem a considerar a palavra como algo sagrado, como algo que pode mudar a vida de alguém, sei que não posso transformar o mundo, mas gostaria de acreditar que pelo menos as pessoas a minha volta as encaram dessa forma, por que para mim elas simplesmente dizem muito e quando ditas com verdade dizem simplesmente tudo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Mais que ...

Passei por uma semana cheia de emoções e chegando ao fim dela me despertou a vontade de fazer um post sobre o domingão que está chegando, um dia muito especial: o dia das mães.
Ter um filho não é tão simples assim, e  se perguntar sobre ser mãe surge muitas vezes  antes de um bebê nascer, no meu caso antes de ter até engravidado (risos).  Apesar da maternidade ser um dos momentos  mais esperados para a maioria das mulheres, é muito comum a mãe sentir diversos medos. As crianças não vêm com manual de instruções, e o desempenho do papel de mãe vai depender muito da sua sensibilidade e “instinto”.  É mais que isso! Ser mãe e querer ser mãe tem que ter Dom, tem que ter Amor.
Se serei uma boa mãe?  ^^
Já até me fiz essa pergunta, pra falar a verdade a resposta ao certo não tenho certeza; mais de uma coisa eu sei, se um dia for presenteada com um filho, o amarei mais que a mim mesma.
Sou muito jovem pra saber ,né! Mais ser mãe dever ser muito mais do que ter instinto materno, pra ser mãe tem que ter amor, tem que ter vontade...  Mais de uma coisa eu sei, serrei a mãe mais carinhosa desse mundo, “e aquela” coisa gordinha de pele branquinha e bumbum fofinho que um dia chamarei de "meu filho” não vai passar um dia sem xerú. Kkkk  *-*
(paro por aqui) ^^

Ps: Mãe, obrigada por ter nos ensinado tudo que sabemos. (P&F)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Labirinto 29 de Abril

Nunca tive dúvidas sobre o ódio. Há quem diga que ele e o amor andam de mãos dadas, há quem diga que ódio é o amor adoecido. Eu não sei quais dessas teorias podem vir a ser verdade, mas o que eu sei é que o ódio é certeiro, ele vai direto ao alvo, sem rodeios, é uma flecha. Você nunca tem dúvidas quando sente ódio de algo ou alguém: você sai de perto, não troca palavra, ignora atitudes, não tem medo de falar e deixar claro o que sente e no fundo até deseja que morra, mas se ama as coisas não são tão claras assim.
Quando o amor bate à sua porta ele vem primeiro cheio de dúvidas, de implicâncias, te enchendo de perguntas do dedão do pé até o último fio de cabelo, você passa a ter medo de não ser correspondido, pensa um milhão de vezes antes de agir, escolhe palavras a dedo. Algumas vezes (quase todas) o amor vem acompanhado de dor, de lágrimas, arrependimentos e ainda assim tem vontade de ficar. Ficar perto, ficar dentro. Vontade de dormir abraçado, de compartilhar idéias, de sorrir. Você se sente bem ao lado daquela pessoa, vocês riem e se divertem muito quando estão juntos, mas isso pode não ser amor também - quem pode garantir? Isso é complicado demais... 
Outras vezes o amor pode vir como a calmaria de um pôr-do-sol - acontecendo pouco a pouco. Amor a primeira vista (quem nunca ouviu falar?). Amor que nasce no dia a dia. Amor que vem do nada. Você vai se acostumando com aquela presença, com aquela voz, vai se adaptando com cada detalhe porque, agora, é como se o modo como ele anda pela casa, o jeito dela de ajeitar as coisas, a forma como seus pensamentos se completam, tudo isso sempre tivesse sido parte de vocês. Sua barriga gela quando toca o telefone ou a campanhia. O amor tem nuances diferentes, pode ser tempestade ou calmaria, preto ou branco, oito ou oitenta, mas nunca deixa de ser amor. O grande problema é conseguir identificá-lo, assumi-lo, deixar-se incorporar a ele. Talvez em alguma briga você perceba que não é amor, que não vale tanto a pena assim, talvez sinta que ainda assim é amor de verdade. Talvez você se arrependa de abrir mão - porque amar também é desistir. Talvez sinta-se feliz por isso. Talvez no meio do caminho você encontre alguém que te faça sentir ainda mais vivo e tenha dúvidas e/ou medo de tentar novamente. Talvez aconteça muitas coisas das quais você jamais imaginaria, mas você tentou e sabe o quanto isso te custo. Pelo menos você tentou - não só pra você mas para a outra pessoa - acreditar e entender o amor. Quer prova maior que essa?
O amor não é uma linha reta e certeira, é um caminho cheio de curvas. É aprender as maiores lições de vida
Se você pular, eu pulo - quase isso.
Vale a pena.

domingo, 1 de maio de 2011

Por tudo



Não é necessário olhar para longe para perceber que não precisamos de muito para nos sentir felizes. Às vezes só uma boa companhia, a sensação do vento no rosto, conversas tão bobas quanto aleatórias e a vontade de tornar alegre - mesmo que por alguns momentos - alguém que realmente gostamos vale apena, faz a vida valer a pena, os pequenos momentos valerem a pena.
Me fez esquecer das lágrimas e da solidão por algumas horas, foi bom, foi gratificante, foi leve e doce. Sempre esteve na minha vida quando eu precisei e até quando não tava precisando, sempre esteve aqui nem que fosse ´só pra puxar meu cabelo e me irritar ...
Melhor ainda é ouvir - mesmo que brevemente - de alguém que gostamos que também gostam de nós..
É gostoso.
Obrigada por tornar alguns dos meus dias os melhores.
*
*
^^ pode contar comigo sempre F.A.P (só a gente entende) \o/





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