terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

As Pessoas simplesmente se Vão

Simplesmente viram as costas e batem a porta, ou não, saem em silêncio. Elas podem fazer as malas ou deixar tudo para trás, mas elas acabam indo, sempre, de uma maneira ou de outra. Muitas vezes elas optam por isso, muitas vezes seguram nas mãos de alguém que vem buscá-las e se vão, sem deixar rastros. Ficam pra trás seus amigos, parentes, conjuges ou não fica ninguém, ou fica apenas uma pessoa, mas fica sempre a tristeza, a solidão.
Nós nos acostumamos com as pessoas, com o passar do tempo esse costume pode, inclusive, se tornar parte do que somos, do que nos tornamos. Podemos não pensar sempre, não lembrar sempre, mas ali está como parte de toda nossa história.
Não imaginaria a vida sem a Xuxa, por exemplo, sem a Hebe, ou sem o Silvio Santos, por que quando eu nasci essas pessoas já estavam aí e por mais que eu não seja fã delas, elas fizeram parte da minha infância, de muitas memórias. Quem não se lembra dos domingos em família ao som do “Topa tudo por dinheiro” ou da “Porta da esperança”? Quem não sonhou em entrar na nave da Xuxa ou em sentar no sofá da rainha das segundas a noite? Quem nunca sujou as meias imitando o Michael Jackson pela casa? É desse tipo de coisa que estou falando, dessas memórias que estão impregnadas. Isso sem contar de amigos, pais, e pessoas queridas que chegam em nossa vida, ao longo dela, e também se vão. Hoje estamos aqui, amanhã simplesmente não sabemos.
Estou falando também de outros tipos de pessoas que se vão, as que se vão por que simplesmente escolhem ir, as que se vão espontaneamente, mas que fazem tanta falta quanto as pessoas que se foram para sempre. Ambas ficam na memória, nas lembranças e fazem falta, mas são faltas diferentes. Enquanto uma faz uma falta “estranha”, de que agora tem algo que não existe mais, a outra faz uma falta que dói, por que é a falta de sentir-se esquecido.
É difícil imaginar que as pessoas simplesmente se vão, se apagam em seu destino e deixam conosco apenas o rastro de tudo que aconteceu. As pessoas se vão e - de uma forma ou de outra - semeiam o vazio para quem fica. Somos humanos, portanto, suscetíveis a todos os tipos de perda.

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