segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sim!!!


O celular tocou numa manhã ensolarada, meio que inesperadamente. Do outro lado uma voz há muito tempo desaparecida, quase apagada no tempo. A voz convidava a um passeio, não apenas um passeio, uma viagem. Dizia que já tinha preparado tudo: destino, hotel, avião; dizia que queria matar a saudade e que queria passar um bom momento, que estava lá fora esperando com o taxi e que não aceitaria um "não" como resposta.

Disse: "você não precisa pegar nada, lá compramos coisas novas, só me importa você e mais nada." Disse também tantas outras coisas bonitas para convencê-la. Disse eu juro que dessa vez te dou aqueles óculos escuros com o detalhe vermelhinho que você tanto queria em meio a risos simultâneos.
Não pensou mais: abriu a porta do quarto rumo ao portão de casa e foi a seu encontro. Foi de meias, pijama e cabelo preso pra cima; foi sem pensar em mais nada.
- Meu Deus! Há quanto tempo não ouvia aquela voz, não via aquele sorriso, nem sentia aquele abraço. A saudade é isso? Creio que sim. A saudade é o despertar de algo bom que adormeceu ou que ainda adormece, mas que vem às lembranças dia sim, e outro também.
Disse que sim, entraram no taxi e foram assim mesmo, sem preparativos, naquela manhã de julho. Nada mais importava além do arco íris que criaram um para o outro, dentro deles mesmos, para cada um simultaneamente.
Disseram sim a seus próprios corações, disseram sim a uma vida cheia de "nãos", disseram sim às surpresas que viriam mesmo sem saber o que viria.

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